Dentro das comemorações de seus 40 anos, o Teatro Castro Alves, em parceria com grupos de teatro locais, promove de 11 a 14 deste mês, o Festival Quarentinha, um evento especial voltado para o público infanto-juvenil. São onze espetáculos e várias atividades de diversas linguagens cênicas de grupos locais que estarão espalhados por vários espaços do complexo do TCA durante todo o dia.
A programação começa às 10 horas e prosssegue até às 21h30. O objetivo do Quarentinha é garantir a acessibilidade por uma ampla fatia do público, com o acesso à programação do festival de maneira gratuita no Vão Livre e a preços populares (R$ 8 inteira e R$ 4 meia), na Concha Acústica e na Sala do Coro.
O festival este ano funciona como módulo experimental para um festival anual de teatro Infantil. A programação inclui espetáculos de teatro infantil e juvenil, atividades no Vão Livre e visitas guiadas pelos diretores teatrais pelas dependências do Teatro Castro Alves, num passeio lúdico pelos bastidores.
A Sala do Coro do TCA receberá o maior número de atrações. No dia 11, às 17 e às 20h, acontece a estréia da montagem O Fantasma de Canterville, do grupo Os Bumburistas. Com direção de Andréa Elia e texto adaptado do conto de Oscar Wilde, a peça levanta, de forma lúdica, questões sobre o processo de globalização e da invasão cultural americana, além do respeito nas relações interculturais.
No dia 12, às 14 horas, é a vez da peça Meu Quintal do Grupo de Teatro Via Palco, sob direção de João Lima, que apresenta um espetáculo que resgata brincadeiras do tempo em que as crianças viviam sem o domínio da televisão e muito menos do computador.
Mais tarde, a montagem Romeu e Julieta e Caetano, do Grupo Via Magia de Teatro, será encenada em duas sessões, às 17 e às 20h. O espetáculo é o resultado cênico de um trabalho desenvolvido com jovens participantes da oficina de Artes Integradas do Projeto Ubuntu, na Federação, e reúne textos dos próprios adolescentes coletados durante as oficinas. São fragmentos do original de Shakespeare e de letras de Caetano Veloso que no espetáculo são cantadas, declamadas e dramatizadas.
No dia 13, às 10 e 14 horas, será apresentada a peça Comadre Florzinha, Dona Onça e os Cachorros Fujões, da Cia. Brasil de Teatro. Comadre Florzinha é a versão feminina do Curupira. Também no dia 13, às 17 e 20 horas, e no dia 14, às 20 horas, será a vez da montagem As Sabichonas, espetáculo baseado num texto de Moliére, escrito no século 17. A peça conta a história das sabichonas, que reunidas na casa de uma delas, Filomena, resolvem eliminar do dicionário todas as palavras obscenas e as sílabas pornográficas.
A Sala do Coro recebe ainda no dia 14, às 10 horas, a montagem Passarinhando, do Grupo Via Magia de Teatro. A peça é dedicada às crianças e é um espetáculo-brincadeira que lida com situações de perder e ganhar, simbolizadas na mágica do surgir e do desaparecer. Em seguida, às 14 e 17 horas, é a vez de Ossos e Ofícios, também da Via Magia. Trata-se de um exercício de contação de histórias dedicado às crianças pequenas.
A Concha Acústica do TCA também recebe atrações durante o festival. No dia 12, às 10h, o Circo Picolino apresenta o espetáculo Nós Vamos Invadir sua Praia. No Vão Livre está programada uma série de atividades com entrada gratuita, a partir das 14h.
Durante toda a tarde, as crianças vão poder brincar nas oficinas de pintura, ter acesso a livros e a uma programação com contação de histórias da Fundação Pedro Calmon, além de espetáculos diversos. No dia 12, as atrações começam às 15 horas com as crianças e jovens do Neojibá (Núcleos de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia) fazendo um número especial com um grupo de cordas, um quarteto de flautas e um quinteto de sopros se apresentando separadamente.