Com um trabalho de conscientização sobre educação ambiental e a importância de uma alimentação saudável à base de produtos orgânicos, o projeto Horta Educativa foi mais um atrativo da VI Semana de Ciência e Tecnologia.
Mais de 400 pessoas, entre alunos, famílias e a comunidade em geral, visitaram hoje (5) a horta comunitária e didática que funciona na Escola Zulmira Torres, no Nordeste de Amaralina. O projeto é desenvolvido pela Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), empresa da Secretaria da Agricultura (Seagri).
Na visita assistida foram ministradas palestras e aulas práticas, abordando temas como cidadania, associativismo, organização para a produção, educação alimentar, educação ambiental, técnicas de produção (preparo do solo, adubação, plantio, tratos culturais e fitossanitários, colheita) e forma de consumo dos alimentos.
“Mostramos para os alunos e a comunidade os benefícios com a utilização das hortaliças naturais na alimentação, sobretudo para a saúde, na prevenção de doenças causadas pela carência de vitaminas e sais minerais”, disse o agrônomo da EBDA e responsável pela implantação da horta na escola, Antônio Carneiro.
A orientação técnica e os treinamentos para a implantação da horta foram prestados por técnicos da empresa, que também instruíram as crianças e a comunidade de como construir uma horta em casa. As ações de execução e condução da horta educativa são planejadas com a participação dos alunos, professores, direção da escola e comunidade.
Para o presidente da EBDA, Emerson Leal, com a iniciativa, a EBDA mostra o seu trabalho na área de produção orgânica, “cujo objetivo é contribuir para a conservação do meio ambiente e ajudar no cultivo de uma boa alimentação”.

A horta

Beneficiando 640 alunos em uma comunidade de 84 mil habitantes, a horta educativa funciona como unidade didática para as práticas complementares às aulas teóricas, com base nos princípios da agricultura orgânica e desenvolvimento sustentável. “Aprendi que as verduras podem ser adubadas com restos de folhas, sem remédios, e o resultado para a nossa saúde é melhor”, afirmou o aluno da 3ª série, Israel Tavares, nove anos, demonstrando interesse para ver de perto a produção.
Com o conhecimento da horta educativa na escola, os alunos se tornam multiplicadores, em casa e na comunidade, passando as informações para os pais, parentes e vizinhos. “Já disse a minha mãe que quero uma horta na garagem lá de casa para comer tudo natural. Minha tia e um vizinho estão curiosos para conhecer a horta da escola”, destacou, entusiasmado, Emiliano Sacramento.
Segundo a diretora da escola, Rosângela Chang, o que se quer é oferecer aos alunos vivências e debates para despertar nas crianças a consciência da necessidade de se produzir e consumir alimentos saudáveis. “Esse alimentos são utilizados para a merenda escolar, proporcionando uma alimentação mais rica em vitaminas e proteínas, o que não acontece na casa dos alunos da comunidade”, explicou.
“Aqui aprendo a plantar, cultivar, regar e respeitar a vida das plantas”, observou Rodolfo Costa Sousa, 13 anos, empolgado com a possibilidade de ter uma horta em casa.
Os alimentos provenientes da agricultura orgânica são encontrados em escala significativa no mercado. Além de verduras e frutas, há sucos, óleos, carnes, ovos e até cervejas e vinhos orgânicos. De acordo com o Instituto Biodinâmico, uma das mais de 20 instituições que certificam esses alimentos no Brasil, o consumo de orgânicos aumenta 30% a cada ano.