Uma comissão formada por professores indígenas e da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) viajou hoje (18) a Brasília para apresentar ao Ministério da Educação (MEC) o projeto de criação do Curso de Licenciatura Intercultural Indígena. O curso será pioneiro na Bahia e um dos raros em funcionamento no país – existem similares apenas em Mato Grosso, Roraima, Minas Gerais e São Paulo.
A proposta, segundo a Uneb, é oferecer uma graduação intercultural aos professores da educação básica que lecionam nas escolas indígenas. Inicialmente, vão ser abertas 108 vagas para o curso, sendo 54 no Campus X, em Teixeira de Freitas, e 54 no Campus VIII, em Paulo Afonso.
Para as fases posteriores, o projeto prevê um total de 408 vagas, com as aulas sendo ministradas nas próprias aldeias. O financiamento pelo MEC deve acontecer depois do lançamento de edital do ministério sobre o tema, previsto para novembro.
Entre as áreas que comporão a grade do curso, estão as de Pedagogia Indígena, Ciências Humanas e Sociais (incluindo Antropologia), Ciências da Terra e da Natureza e Línguas, Artes e Literatura.