A implantação do parque tecnológico TecnoVia em Salvador foi amplamente debatida hoje, numa reunião que aconteceu hoje (19) na Desenbahia. O secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia, Ildes Fereira, apresentou para representantes de instituições parceiras os estágios e obstáculos que foram ultrapassados para o inicio das licitações da primeira etapa do empreendimento e o cronograma de inicio das obras físicas. Ferreira conclamou todos os presentes a se envolverem no projeto. "Não podemos pensar o TecnoVia apenas como um projeto de governo. Comunidade acadêmica, empresários e demais instituições, assim como o governo, devem estar amplamente empenhados", disse.
O parque tecnológico baiano contará com laboratórios de pesquisa, incubadoras de empresas e centros de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D). Um de seus prédios principais terá um projetor de conteúdos digitais de alta definição em 360º, chamado de ‘Virtuarium’, um espaço voltado à popularização da ciência. O TecnoVia atuará prioritariamente nas áreas de Tecnologia da Informação (TI), energias renováveis e biotecnologia. "Nosso parque terá um forte conceito ambiental e de preservação da mata atlântica, numa ocupação eco-sustentável com respeito à natureza", completou Ferreira.
O diretor da Fiocruz-Ba, Mittermayer Galvão, citou que no local poderão ser desenvolvidas novas vacinas e fármacos inovadores. "Mas também temos que pensar em desenvolver medicamentos que estejam em processo de perda de patentes", disse. Galvão acredita que o TecnoVia deverá abrigar centros de desenvolvimento de biofármacos."Acredito que o foco não deva ser em produção em larga escala, mas sim em pesquisa e desenvolvimento", completou.
O pró-reitor de Pesquisa e Graduação da Universidade Salvador (Unifacs), Luiz Antônio Magalhães Pontes, destacou que foi acertada a escolha da área de energia e ambiente como prioritária no Parque. "Precisamos inclusive atrair empresas âncoras, a exemplo da Petrobras, para liderar este setor do parque", comentou.
O representante da Casa Civil na reunião, Adhvan Furtado, citou que o setor de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) deve trair empresas internacionais e gerar empregos de alto valor agregado. "Através das TICs também será possível fornecer soluções tecnológicas para as outras áreas do TecnoVia", completou.