Com o objetivo de apresentar novos projetos e aproximar a sociedade dos caminhos da arqueologia subaquática, o Núcleo de Arquitetura de Computadores e Sistemas Operacionais (Acso) da Uneb participa do Simpósio Internacional Arqueologia Marítima nas Américas, apresentando projetos de robótica inteligente e realidade virtual-aumentada.

O simpósio, que vai ocorrer entre os dias 24 a 26 deste mês, terá em sua continuidade a realização da Reunião Anual do Comitê Internacional para o Patrimônio Cultural Subaquático, do Conselho Internacional de Monumentos e Sítios (Icuch /Icomos) nos dias 27 e 28, no mesmo local.

Realidade virtual, realidade aumentada e hiper-realidade: uso de recursos expositivos multimídia em exposições. Este é o mote da palestra do coordenador do Acso, Josemar Rodrigues, no último dia de evento.

“A realidade aumentada mistura objetos virtuais com o cenário real, explorando os aspectos cognitivos e facilitando a compreensão da informação coletada e transmitida por pesquisadores”, explica Rodrigues.

Dando continuidade à participação da UNEB no simpósio, o coordenador de uma das linhas de pesquisa do núcleo, Marcos Simões, irá tratar do tema Utilização de robôs “inteligentes”, para captação de imagens e manipulação de objetos a serem utilizados em hiper-realidade.

Novo núcleo em Itaparica – Na programação do evento, destaque para o projeto Archemar Itaparica, que visa a criação do Centro de Pesquisa e Referência em Arqueologia e Etnografia do Mar e do Museu InSitu da Baía de Todos os Santos, ambos idealizados pelo diretor do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) da Universidade Federal da Bahia (Ufba), Carlos Caroso.

As construções vão ser erguidas nas instalações do prédio Solar do Rei, localizado na frente do Forte de Itaparica.
De acordo com o diretor, as conversações sobre a construção dos centros no local se iniciaram durante o I Curso de Arqueologia Subaquática em Itaparica, ministrado por arqueólogos do Centro de Estudos de Arqueologia Náutica e Subaquática, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em dezembro de 2006.

Além de facilitar a compreensão dos espectadores, a virtualização das imagens captadas no fundo do mar, proposta pelo Acso, terá um papel muito importante no Archemar Itaparica, na área de preservação dos sítios arqueológicos marinhos.
“Na Baía de Todos os Santos há mais de 150 embarcações naufragadas. A virtualização das imagens vai permitir não retirar o material coletado do fundo do mar, evitando que as peças se deteriorem rapidamente quando extraídas do ambiente marinho”, destaca Carlos Caroso.

O novo espaço, com capacidade para atender 36 mil pessoas por ano, está orçado em R$5 milhões e empregará, direta e indiretamente, centenas de moradores da região. Para a implantação da proposta do Acso será necessário um investimento de R$500 mil.