Técnica que utiliza o vidro fundido em alta temperatura, o fusing foi uma das muitas expressões encontradas na Feira Baiana de Artesanato realizada no fim de semana (dias 19, 20 e 21), das 16 às 21h, no estacionamento do Aeroclube Plaza Show, na Boca do Rio.

Responsável pelas peças produzidas com o fusing, Lúcia Andrade, 50 anos, aprendeu a técnica há cinco anos, durante um curso que fez no Chile, onde morou por quase 10 anos. “Mas comecei a fazer as peças há dois anos. Mesmo assim, só para os amigos”, contou a artesã, que pela primeira vez participa da feira, promovida pelo Instituto Mauá, da Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte.

Lúcia explica a todos que se aproximam da sua barraca como funciona a técnica: “Coloco as peças num forno especial, que chega até 760 graus. Para as que têm forma, utilizo um molde de cerâmica”. Para dar cores e fazer desenhos nas peças, ela usa uma tinta especial, comprada em São Paulo ou pela internet.

A assistente de produção Eliana Cristina dos Santos, 35 anos, e seu filho, Udri Tomas Oliveira, 15, freqüentam a feira desde quando funcionava no Jardim dos Namorados. “Achei esse espaço melhor, porque, além da proteção do shopping, o acesso é mais fácil”, disse Eliana, enquanto comprava brincos e colares feitos de coco.

Artesanato mineral

Colares, pulseiras e brincos nas mais diversas cores e formatos são as peças de artesanato mineral que nascem da criatividade dos integrantes da Associação de Pacientes Transplantados da Bahia (ATX/BA). O artesanato mineral é uma das atividades desenvolvidas pela ATX, por meio do convênio com a Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), da Secretaria Estadual da Indústria, Comércio e Mineração.

A ATX/BA desenvolve atividades para melhorar a qualidade de vida dos associados. Uma delas é o Programa de Inclusão Social da Mineração (Prisma), que visa gerar renda e capacitação profissional e incentivar o empreendedorismo entre os transplantados carentes, via artesanato mineral. Antônio César de Oliveira, 35 anos, e Aleandra Araújo, 36, fazem parte do grupo de 22 pessoas beneficiado pelo Prisma.

Antônio César e Aleandra fizeram transplante de rim – ele, há três anos e ela, há sete. Os dois participam desde quando o projeto foi implantado, em 2006. Antônio afirmou que, além da geração de renda, o programa proporciona elevação da auto-estima. “Pra gente, é uma satisfação ver cada peça finalizada”, destacou.

Participaram da última edição da feira artesãos de Salvador e região metropolitana, Jeremoabo, Lamarão, Glória, Paulo Afonso, Santa Brígida, Cipó, Nova Soure e Valente.