Sensibilizar agricultores familiares e traçar estratégias conjuntas entre secretaria da Agricultura (Seagri) e Ceplac para a implantação das ações do Plano Executivo para a Aceleração do Desenvolvimento e Diversificação do Agronegócio na Região Cacaueira – Pac Cacau, foram os assuntos tratados na reunião realizada, na manhã de hoje (25), na sede do órgão, na rodovia Itabuna/Ilhéus. O Pac, que deve ser lançado nos próximos meses, prevê a injeção R$2 bilhões para a renovação de cacauais em bases mais produtivas e a diversificação da atividade agrícola na região, além da repactuação da dívida dos produtores de cacau, na ordem de R$ R$ 700 milhões.

Ao presidir a reunião, junto com o superintendente da Ceplac, Gustavo Moura, o secretário da Agricultura, Geraldo Simões, afirmou que a intenção é criar um grupo de trabalho para coordenar as ações previstas no programa, que vão desde a introdução de novas tecnologias até inclusão da agricultura familiar no processo. “O Pac é uma das prioridades do governo Jaques Wagner para que a região cacaueira volte a ter a importância econômica que teve no passado, além de recuperar e modernizar 150 mil hectares de cacauais, duplicando a produção atual”, acrescentou Simões.

Adiantou ainda que por meio de pesquisas e extensão rural, propiciará ao produtor participar da cadeia produtiva do cacau até o final, agregando valor a sua produção. Simões destacou, também, que não dá mais para cuidar do cacau como monocultura, é preciso diversificar a produção de forma consorciada.

“Outro ponto que queremos atingir é o pequeno agricultor, que sempre esteve fora dessa cadeia. Desta forma, vamos fortalecer a agricultura familiar, que nessa região está presente na maioria das 160 áreas de reforma agrária, sendo a maior do estado”, afirmou.

Parcerias

Na reunião foi criado um grupo de trabalho que deu início às ações que antecedem o lançamento do plano, a exemplo do treinamento e capacitação dos técnicos da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) e Ceplac, aumento da capacidade de produção da Biofábrica para a produção das mudas, que farão parte dos arranjos produtivos, além de garantir novas parcerias com a Embrapa, universidades, empresas privadas localizada na região e agentes financeiros.

Dentro das ações do Pac também estão a implantação de 100 mil hectares de seringueiras e outros 100 mil hectares de dendê, esta última cultura nas áreas costeiras da região, para os próximos oito anos. A produção dos seringais será absorvida pelas quatro indústrias de pneumáticos instaladas no estado, enquanto a do dendê será utilizada, sobretudo, na produção do biodiesel.

Segundo o superintendente da Ceplac, Gustavo Moura, a atividade de hoje serviu como base de integração para as ações conjuntas entre o órgão e a Seagri, tendo em vista o compromisso de recuperar a lavoura cacaueira. “Em relação às novas tecnologias a serem implantadas no programa, há um grande avanço, principalmente nos arranjos produtivos, o que significa tirar o agricultor da monocultura”, explicou.

Fazem parte do grupo de trabalho o diretor geral, Itazil Benício, o superintendente do Desenvolvimento Agropecuário, Wilton Cunha, o diretor do Instituto Biofábrica, Moacir Shimit, e o diretor do Desenvolvimento da Agricultura, Hermínio Maia Rocha, todos representantes da Seagri. Pela Ceplac, estão participando o superintendente Regional/Bahia, Geraldo Landim, os coordenadores de Pesquisa, Jonas Souza e de Extensão Rural, Coildo Guanaes