A campanha de vacinação anti-rábica no sul do estado prossegue até 7 de dezembro e este ano terá dois dias de mutirão, depois do “Dia D”, sábado (10), quando o trabalho foi intensificado em Itabuna, Jussari, Maraú, Aurelino Leal, Ubatã, Gongogi, Santa Cruz da Vitória, Ubaitaba e Gongogi.
A segunda fase será no próximo dia 24, em outros 13 municípios na região de atuação da 7ª Diretoria Regional de Saúde (Dires). A meta é vacinar pelo menos 80% dos animais domésticos. Os trabalhos dos profissionais de saúde começaram desde 20 de outubro, mas foram intensificados para atingir a meta de vacinação.
A vacinação anti-rábica é promovida pelas Secretarias Municipais de Saúde sob o acompanhamento da 7ª Dires, que garante apoio técnico com encaminhamento de transporte, vacinadores, material de divulgação e orientação, além de fazer o levantamento da necessidade de cada município com relação à cobertura vacinal.
A raiva é uma doença causada por vírus, transmitido a partir da saliva do animal contaminado e pode matar. De acordo com Itiana Lindote Monteiro, veterinária coordenadora do programa da raiva na área da 7ª coordenadoria da 7ª Dires,, não é somente a mordida do animal que pode transmitir a doença. “A transmissão dá-se por um arranhão porque gatos e cachorros costumam coçar ou lamber as próprias feridas e podem arranhar as pessoas com as unhas contaminadas com o vírus da raiva”, explicou.
Em estágio avançado, a raiva atinge o sistema nervoso central e não tem cura. Os principais sintomas são formigamento, enrijecimento muscular, irritabilidade, ansiedade, dificuldade de deglutição e fotofobia (sensibilidade à luz). A primeira providência ao se notar os sintomas é procurar um posto de saúde. O tratamento é a utilização de soro e vacina. Em 2001 ocorreu um caso em Jussari, quando o paciente em pouco tempo veio a óbito.
A doença pode ser transmitida também por morcegos, que adquirem o vírus através do sangue de animas domésticos contaminados.