A informação divulgada na Instrução Normativa nº 53 de 23 de novembro de 2007, publicada ontem (26), no Diário Oficial da União (DOU), de que a Bahia e mais cinco estados estariam livres de aftosa sem vacinação, foi retificada hoje no mesmo veiculo. A Bahia e os demais estados permanecem com o status de livres de aftosa com vacinação. Isto quer dizer que as campanhas de vacinação contra febre aftosa ocorridas anualmente em março e setembro terão continuidade. Santa Catarina é o único estado que é livre de aftosa sem necessidade de imunização do rebanho através de vacina.
Há 10 anos não existe nenhum foco da doença no estado e foi reconhecido em 2001 pela Organização Internacional de Saúde Animal (IOE) como área livre de febre aftosa com vacinação. Em relação à suspensão da vacinação, o diretor de defesa sanitária animal da Adab, Valentim Fidalgo, explica que a razão pela qual a Bahia não poderá suspender a campanha contra febre aftosa, é a proximidade com outros estados que possuem situação sanitária de risco aftosa.
“Não poderemos suspender a vacinação até que esses estados regularizem sua situação sanitária em todos os aspectos: legislação, vacinação, cadastramento de animais, controle de trânsito, dentre outros”, afirma Fidalgo. A meta estabelecida pelo Ministério da Agricultura (Mapa) e organismos internacionais para erradicação da aftosa em todos os estados do Brasil é até o final de 2009.

Imunização do rebanho

Nas duas etapas da campanha de vacinação contra febre aftosa, realizadas em março e setembro desse ano, a Bahia alcançou o índice de 97%, considerado o maior já obtido em todas as campanhas realizadas. Segundo o diretor geral da Adab, Altair Santana, a importância da Bahia ser reconhecida como livre de aftosa representa a quebra de uma importante barreira sanitária à exportação da carne produzida na Bahia.
“As conseqüências da aftosa vão muito além da doença no animal, pois de trata de uma enfermidade que traz impactos negativos na economia e na política. Possuir um status reconhecido internacionalmente nos dá a garantia de que nossos produtos possam ser comercializados em mercados exigentes do ponto de vista sanitário”, conclui Santana.