LOCAL: Bahia Othon Palace Hotel, Ondina.
DATA: 28.11.07 (quarta-feira).
HORÁRIO: 9h.

O QUE É: Reunião do Comitê Central da Federação Internacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (Fitim).

INFORMAÇÕES ADICIONAIS:

EVENTO: Acontece pela primeira vez no Brasil e é a instância máxima entre os congressos da entidade. Terá como tema central o Trabalho Precário no Mundo. A última edição ocorreu em Viena, há dois anos.

TRABALHO PRECÁRIO: Pode ser definido como aquele que não dá garantias de benefícios, assim como PJ´s (pessoa jurídica, emitindo nota fiscal), terceirizados e estágios, mas também como trabalho escravo, forçado, infantil e fraudulento. No Brasil, a Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM/CUT) realiza uma série de atos contra o trabalho precário, tais como mobilizações contra a Emenda 3, ações para defender a ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que é contra a demissão imotivada, bem como a implantação dos Acordos Marco Internacionais (AMI’s) e trabalhos em parceria com a CUT, que está discutindo no Congresso Nacional, ações contra a terceirização no país.

AMI: Acontece quando uma empresa segue o pré-requisito mínimo para proteger o meio-ambiente, a observação das normas fundamentais de trabalho da Organização Internacional de Trabalho e proporciona salários e condições de trabalho decentes aos empregados.

PARTICIPANTES: Cerca de 500 sindicalistas metalúrgicos de mais de 100 países, entre eles 100 brasileiros.

BRASIL: Segundo pesquisa do Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos (Dieese), no Brasil, o trabalho precário atinge mais mulheres do que homens. O estudo que mostra o resultado da coleta de dados realizada no país sobre o assunto será apresentado durante a reunião.


DADOS: O Dieese afirma que, das 42,6 milhões de trabalhadoras brasileiras, 47,9% estão em ocupações precárias, a exemplo do serviço doméstico (16,7%), por conta própria (16,1%), atividades de subsistência (7%) e ocupações sem remuneração (8,1%). Desse total, a maioria (52,3%) não tem contrato formal de trabalho ou estão em ocupações precárias e sem proteção social. Outro dado importante é que 12,6% das trabalhadoras começam a trabalhar antes dos nove anos de idade e 35,9% entre 10 e 14 anos de idade.


PROGRAMAÇÃO: Contará com discussões, mesa redonda, eleição dos novos membros do Comitê Executivo, além de notas introdutórias e resoluções.