Começou ontem (13) o trabalho de articulação das redes temáticas que vão atuar nas áreas prioritárias do Parque Tecnológico de Salvador/Bahia (TecnoVia). Um seminário promovido na capital baiana pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) reuniu pesquisadores e representantes de diversas instituições para discutir os setores de energia, biotecnologia e saúde e tecnologia da informação e comunicação (TIC), que serão estimulados nas atividades desenvolvidas no parque. Na abertura do seminário, o secretário Ildes Ferreira destacou a importância do TecnoVia. “Este é um projeto portador de futuro, mas que começa agora e vai trazer benefícios para a Bahia por muito tempo. Para que tenhamos total êxito, é fundamental que a base acadêmica esteja integrada”, disse.
Ferreira apresentou ainda o Inovatec, programa que visa estimular a atração e a fixação de empresas e instituições para o empreendimento e que disponibilizará R$ 15 milhões por ano para infra-estrutura tecnológica e aquisição de equipamentos para as atividades de inovação, além de oferecer incentivos fiscais. “O Inovatec não é um instrumento específico para o TecnoVia, mas certamente vai fortalecer sua maturação”, explicou.
A diretora-geral da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), Dora Leal, ressaltou a atuação dos pesquisadores baianos como estratégica para o sucesso do TecnoVia. “Para o parque operar com eficiência, é necessário um trabalho de adensamento da base acadêmica. Não adianta erguer os prédios sem pensar no desenvolvimento das atividades científicas e tecnológicas”, observou. O estímulo para que os jovens escolham carreiras tecnológicas também é destaque nesta fase do parque.

O parque baiano

Com R$ 100 milhões de investimentos públicos em quatro anos – a maior parte (R$ 65 milhões) do governo da Bahia e o restante do governo federal e da prefeitura de Salvador (valor referente ao terreno doado para implantação do parque), e com previsão da Secti que a iniciativa privada entre com outros R$ 65 milhões –, o TecnoVia começa a ser implantado no primeiro semestre de 2008 e deve entrar em operação no primeiro semestre de 2009, em um terreno de 500 mil metros quadrados, na Avenida Paralela
O empreendimento abrigará empresas dos setores prioritários, além de incubadoras, centros de pesquisa e desenvolvimento, laboratórios e áreas compartilhadas para interação de universidades e empresas.