Um novo programa de plantio e uso do sisal na Bahia está sendo articulado entre a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) e o Sindicato das Indústrias de Fibras Vegetais do Estado da Bahia (Sindfibras). De acordo com o Secretário de CT&I da Bahia, Ildes Ferreira, o programa será realizado a partir de fibras curtas de sisal, que ainda não é utilizada em larga na Bahia. “A partir dessa fibra, serão produzidos compósitos com grande potencial de substituir peças plásticas em diversas atividades industriais, além de insulina e cogenina, usadas na indústria de medicamentos”, explica Ferreira.

Numa reunião realizada hoje (dia 14) na Secti, representantes das instituições definiram algumas linhas prioritárias que conduzirão a iniciativa. Outra novidade acordada será a transferência de tecnologia para que seja produzido na Bahia um destilado à base de sisal de origem africana. “Em contrapartida, vamos fornecer novas tecnologias para o cultivo e desfibramento do sisal”, relata o secretário.

Uma das metas do programa é o plantio de 20 mil hectares de sisal em até cinco anos, gerando de 80 a 100 mil empregos diretos. Em relação ao sisal de fibra longa, o plantio da fibra curta representa um ganho de produtividade quatro vezes maior, o que também amplia a possibilidade de exportação dos produtos. Ainda de acordo com o secretário, o programa poderá envolver a Superintendência de Agricultura Familiar (Suaf) da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), além de organizações representativas da agricultura familiar do estado da Bahia.