Quais são as possibilidades de geração de emprego e renda com a implantação da cadeia produtiva do biodiesel na Bahia? Quais os impactos ambientais e sociais? As respostas para estas e outras perguntas serão visualizadas a partir de um estudo em parceria da Organização Internacional do Trabalho (OIT) com as secretarias estaduais do Planejamento (Seplan), Agricultura (Seagri), Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre) e Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti).

Com início previsto para julho deste ano, o projeto foi anunciado ontem, na Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem), durante o encerramento das rodadas de discussão sobre Biodiesel: Inclusão Social e Desenvolvimento Regional.

O diretor de Planejamento Territorial da Seplan, Benito Juncal, explicou que o estudo possui quatro vertentes: trabalho, combate à pobreza, sustentabilidade ambiental e segurança alimentar. “Nesse caso, o diferencial está em analisar as condições do projeto sob a perspectiva do pequeno produtor. É necessário esse estudo para viabilizar a inclusão social e a geração de renda para a população do semi-árido”, disse.

Segundo os chefes da missão da OIT, Peter Poschen e Christoph Ernst, o estudo avaliará também os entraves econômicos da implantação do biodiesel. “A situação do agricultor familiar é um exemplo disso, ao possuir as limitações da obtenção de suporte técnico e crédito. Há uma necessidade de tornar compatível a lógica do mercado com a do pequeno produtor para que este não dependa dos subsídios por um tempo indeterminado e se torne auto-suficiente”, destacou.