O comércio baiano apresentou, em fevereiro, aumento de 7,6% nas vendas. A taxa é considerada bastante significativa, considerando que a base de comparação (fevereiro de 2007) foi de 14,6% de expansão. Já em relação a janeiro deste ano, a variação foi de -3,9%. Os dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada em âmbito nacional pelo IBGE, e divulgados, em parceria, pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento.

Com o crescimento de fevereiro, o comércio baiano inicia 2008 com as vendas aquecidas, acumulando 8,9% no primeiro bimestre em relação a igual período do ano passado. A taxa ficou abaixo da observada no mesmo período de 2007, que foi de 12,2%. “As expectativas para os próximos meses são de que o comércio varejista mantenha desempenho favorável.

Embora, provavelmente, num ritmo mais lento, pois a comparação será com uma base bastante elevada, do ano de 2007”, explica Maria de Lourdes Caires, analista da SEI.

Sete dos oito ramos que compõe o indicador contribuíram positivamente para o crescimento nas vendas em fevereiro: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (30,5%), Móveis e eletrodomésticos (29,5%), Livros, jornais, revistas e papelaria (21,3%), Combustíveis e lubrificantes (17,4%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (13,6%), Equipamentos e materiais para escritório informática e comunicação (10,2%) e Tecidos, vestuário e calçados (6,3%).

Apenas o segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo apresentou variação negativa (-6,0%) no mês, ao passo que no subgrupo de Hipermercados e supermercados a taxa foi de -5,2%.

Dentre outros fatores, tal desempenho pode ser atribuído à elevada base comparativa. Em fevereiro de 2004 foi o último mês em que o segmento apresentou variação negativa (-1,7%) e, em julho de 2007, as vendas ficaram praticamente estabilizadas (-0,1%). Desde então a pesquisa vinha apurando, mensalmente, taxas positivas nos negócios desses estabelecimentos. Como se trata do ramo de maior representatividade no contexto varejista, os seus resultados refletem no desempenho do setor.

Nos ramos que não integram o indicador do varejo: Veículos, motocicletas, partes e peças, as vendas tiveram expansão de 31,0% e, em Material de construção, observou-se aumento de 18,8%.