A socióloga Luiza Bairros tomou posse na manhã desta segunda-feira (11) como nova titular da Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade (Sepromi), em solenidade na governadoria. Bairros assumiu o lugar de Luiz Alberto Santos que volta à Câmara Federal.

Durante o discurso, voltado a uma platéia formada pelo governador Jaques Wagner, secretários de estado e integrantes de movimentos sociais como o Fórum de Mulheres Negras de Salvador, União de Moradia Popular e Movimento Negro Unificado, Luiza Bairros disse que o principal desafio de sua gestão é fazer com que o governo continue incorporando as questões raciais e de gênero.

Segundo a secretária, estes são fatores importantes para dar mais visibilidade às desigualdades e fazer com que programas e projetos governamentais tenham impactos na vida das pessoas. Ela também defendeu que não haja conflito e sim uma sólida parceria entre as esferas de governo e movimentos sociais.

O ex-titular da Sepromi, Luiz Alberto Santos, ressaltou o trabalho da secretaria em 17 meses de governo. Para ele, os principais marcos alcançados neste período foram a realização de uma conferência voltada para as mulheres, a participação da sociedade em decisões de governo – como a elaboração do PPA, a discussão de políticas de segurança, além da oferta de água e a alfabetização de integrantes de comunidades quilombolas, “que jamais tiveram acesso à educação”.

De acordo com Luiz Alberto, a própria criação da Sepromi, em 2007 pelo governador Jaques Wagner, já representa um grande avanço como política de reconhecimento às minorias, sobretudo à comunidade negra, que representa 78% da população baiana.

Durante o discurso que encerrou a solenidade, o governador Jaques Wagner destacou que nos últimos 18 meses, a Bahia deu alguns passos importantes para a construção de uma nova sociedade e citou a criação da Sepromi como um desses passos. Ele afirmou ainda que a implantação da secretaria não é apenas uma simbologia, pois é através dela que estão sendo elaboradas políticas de igualdade de raça, gênero e religião.

Wagner defendeu ainda a difusão de valores que exaltem a honestidade e a redução do incentivo exagerado ao consumismo para a construção de uma sociedade mais pacífica e mais humana.