A diretoria da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), convocou a imprensa, ontem, para esclarecer sobre o golpe da falsa venda de venda de casas, por meio do uso indevido do nome da empresa.

O diretor de Operações da Conder, Armindo Gonzalez, afirmou que a empresa não comercializa unidades habitacionais, nem cobra taxa ou qualquer pagamento antecipado. “Não somos construtora, nem imobiliária”, disse.

Segundo ele, a Conder trabalha apenas com programas de requalificação urbana em áreas precárias, como favelas, beneficiando as famílias da comunidade, que são cadastradas no próprio local. A empresa contempla também servidores do Estado com um programa habitacional específico.

“Nossa atuação na área de habitação é esta e ninguém está autorizado a comercializar imóveis em nome da Conder. Lamentavelmente, essas pessoas foram vítimas de sua boa fé ou da má fé de quem aplicou o golpe”, destacou Gonzalez.

Para apurar o caso, a Conder registrou queixa contra os falsos vendedores na Delegacia de Repressão ao Estelionato e Outras Fraudes (Dreof).

Além disso, será aberta uma auditoria interna (sindicância) para detectar se há envolvimento de funcionários da empresa no golpe. O processo deve ser concluído em 30 dias.

As vítimas dos falsos vendedores cobravam chaves de apartamentos do Condomínio Mirantes de Águas Claras, no bairro de mesmo nome – um empreendimento da Caixa Econômica Federal (CEF) e sem nenhum envolvimento da Conder. Mais de 70 pessoas caíram no golpe.

O diretor declarou que esta não é a primeira vez que um golpe desse tipo é aplicado.

Em março do ano passado, um fato parecido foi registrado e um cidadão de prenome Gabriel, que utilizava indevidamente o nome da Conder, foi preso.