Começou nesta terça-feira (26), em Feira de Santana, o Curso de Capacitação dos Monitores do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), que se estende até sexta-feira (29).

O curso reúne 51 monitores das cidades de Araci, Gavião, Barrocas e Ichu -municípios da região sisaleira com grande incidência de trabalho infantil. O objetivo é capacitar os profissionais que executam ações socioeducativas e de convivência do Peti.

Durante quatro dias, serão realizadas oficinas de desenvolvimento infantil, atividades lúdicas e de planejamento pedagógico, acompanhadas por técnicos da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza do Estado da Bahia (Sedes).

O curso faz parte de um convênio firmado entre a Sedes e o Movimento de Organização Comunitária (MOC) e acontece no Centro de Formação de Rede de Produtores da Bahia, no Bairro do Papagaio.
Na próxima semana, nos dias 3, 4 e 5 de setembro, no mesmo local, será a vez da capacitação das Comissões Municipais de Erradicação do Trabalho Infantil (COMPETIs).

Bahia: campeã do trabalho infantil

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2006, apontam a Bahia como campeã do trabalho infantil na região Nordeste, com 500 mil crianças e jovens, entre 5 e 17 anos de idade, sendo exploradas.

O Peti é vinculado, institucionalmente, ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), executado em parceria com governos estaduais e municipais. Atualmente o programa atende a 105 mil crianças e adolescentes em 163 municípios baianos, com investimento do Governo do Estado na ordem de R$ 20 milhões por ano.

O Brasil é o único país a adotar política específica de enfrentamento ao trabalho infantil, tendo o Peti como programa de referência para outros países. As ações têm caráter continuado, são desenvolvidas no âmbito da chamada “proteção social especial”, e integram o conjunto de serviços do Sistema Único de Assistência Social (Suas).