O Governador Jaques Wagner deu as boas vindas aos participantes do Fórum África-Brasil-Bahia pela Sustentabilidade das Águas, iniciado nesta quarta-feira (3) pela manhã, no Fiesta Bahia Hotel, no Itaigara, em Salvador. O evento reúne secretários de Estado da Bahia, membros do Ministério das Relações Exteriores e representantes de Angola, Cabo Verde, Moçambique e São Tomé e Príncipe.

O Fórum, realizado pelo Governo da Bahia, por meio do Instituto de Gestão das Águas e Clima (Ingá) – autarquia da Secretaria de Meio Ambiente (Sema) – e da Secretaria de Promoção da Igualdade (Sepromi), segue até esta quinta-feira (4) e tem como objetivo reunir o Estado e os países africanos de língua portuguesa para construir políticas de desenvolvimento e cooperação técnica em torno das áreas de sustentabilidade hídrica, políticas etno-racial, meio ambiente e clima.

“Creio que este é um espaço onde podemos compartilhar experiência em diversas áreas. Esta aproximação é futurista, porque aponta para uma relação contemporânea de busca de novos horizontes comerciais fora do eixo EUA, Europa e Japão (que hoje representam pouco mais de 40% dos parceiros comercial do país)”, disse o governador. Em seguida, Wagner citou a política de relações internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que hoje mantém parcerias com a Índia, a própria África, a China, a América Central, o Caribe, entre outros centros.

O governador afirmou também que a Bahia é o mais africano dos estados brasileiros e que a relação com os países daquele continente é um processo crescente de cooperação em busca de crescimento sustentável. “Além de estruturar o diálogo com os países africanos nas áreas econômica e cultural, temos muito o que aprender e ensinar sobre recursos hídricos, meio ambiente, desertificação e acidentes climáticos”, avaliou o governador.

Cooperação

O Fórum África-Brasil-Bahia tem como objetivo ser um espaço importante de diálogo, dentro da Política de Cooperação Internacional do Estado da Bahia. O encontro também é uma oportunidade para os participantes trocarem experiências e conhecerem as políticas dos países no enfrentamento da desertificação e mitigação dos efeitos da seca; das mudanças climáticas; do combate ao racismo ambiental; e na gestão das águas.

A chefe do Departamento de Educação Ambiental do Ministério de Urbanismo e Ambiente de Angola, Joaquina Braz Caetano, classificou o encontro como necessário ao desenvolvimento de todos os envolvidos. “Este fórum é precisamente um dos encontros que tem mais a ver com a situação do mundo de hoje. É preciso tratar e discutir as questões relacionadas à água, ao clima e a desertificação, que são assuntos comuns a todos os povos representados aqui.

O diretor-geral do Ingá, Júlio Rocha, também deu boas vindas aos visitantes e e falou sobre a forte marca de africanidade presente na vida baiana. “Temos muito o que aprender com as experiências de dessalinização de água em Cabo Verde e com os planos de combate à desertificação de São Tomé e Príncipe e Moçambique”, exemplifica Rocha, que esteve em Angola, no ano passado a convite dos ministérios do Meio Ambiente e Relações Exteriores do Brasil, e em agosto deste ano visitou Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.