Os caminhos para reduzir as diferenças sociais e alavancar a economia com inclusão, por meio do emprego de tecnologias sociais, estão sendo discutidos no 1º Encontro de Tecnologias Sociais na Bahia, que acontece até sexta-feira (5), na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Estudantes, professores universitários, pesquisadores e representantes de movimentos sociais da Bahia e de outros estados começaram a debater, nesta quinta-feira (4) as experiências bem-sucedidas das tecnologias sociais.

O vice-reitor da Uefs, Washington Almeida Moura, destacou a importância da aliança entre academia e setor produtivo. “Podemos minimizar as diferenças econômicas com tecnologias alternativas, mas ainda temos apenas ações isoladas. A articulação com movimentos sociais é fundamental”, afirmou.

Segundo os participantes do evento, promovido pela Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), a realidade difícil de muitas regiões pode ser modificada com o fortalecimentos das tecnologias sociais. “Desenvolvimento sustentável não é utopia. A visão de futuro incluiu a transferência para a sociedade dos benefícios da CT&I”, garante o superintendente de desenvolvimento da base científica da Secti, Paulo Cesar Bastos.

Segundo ele, a região do semi-árido é um exemplo de local que pode ser beneficiado, já que ocupa 2/3 do território baiano, abriga metade de sua população e gera apenas 1/3 da riqueza do Estado.

Fontes de financiamento e exemplos de sucesso vão ser apresentados nestes dois dias para os participantes do encontro, que deve também propor melhorias nas políticas públicas do setor.

As tecnologias sociais estão direcionadas para promover o desenvolvimento sustentável, reduzir as desigualdades regionais e melhorar a vida das comunidades produtivas, sobretudo as mais carentes. No Brasil, elas vem sendo aplicadas nas áreas de educação, agricultura, sustentatibilidade ambiental, água, e reciclagem de resíduos, dentre outros setores.