O foyer do Teatro Castro Alves (TCA) expõe até o dia 20 deste mês as 99 obras de alunos da rede estadual que foram selecionados para a 1ª Mostra de Artes Visuais Estudantis (AVE).

A abertura da mostra, promovida pela Secretaria da Educação (SEC), com o apoio da Secretaria de Cultura (Secult), contou com a presença do governador Jaques Wagner, que observou cada uma das obras ao lado do secretário Adeum Sauer e dos alunos-artistas que vieram de todos os cantos do estado, representantes das 33 Diretorias Regionais de Educação (Direcs).

“Essas obras demonstram que os estudantes têm um potencial enorme, como já havíamos visto no Face”, disse o governador, fazendo menção ao Festival Anual da Canção Estudantil, promovido pela Secretaria da Educação.

Estudante da Escola Polivalente de São Sebastião do Passé, Marcelino Filho tem o dom de transformar troncos de cajazeira em esculturas, como a sua Porta, uma das seis selecionadas entre as melhores.

“Desde muito novo, trabalho com a cajazeira, mas também pinto. Admiro muito Michelangelo e Salvador Dali”, contou o estudante, que por alguns minutos foi alvo da atenção do governador. “Ele disse que gostou muito do meu trabalho”, afirmou.

Além de Marcelino, outros cinco artistas receberam maior grau de destaque por suas obras e receberam um computador pelo trabalho. A Diretoria Regional de Educação de Feira de Santana (Direc 2) teve dois de seus alunos homenageados: Maurício Lima Santana, com Laranja, e Adalício Alves Lima, com Escultura de Palitos.

João Batista do Santos, da cidade de Valença, também foi destacado por seu quadro Cidade Desejo. As outras duas obras-destaque foram Paixão Rubro-negra, de Cecília Borges, da Direc 22, e Missão Mestiça, de Diego Gonçalves da Silva. Em princípio, o júri havia destinado apenas uma menção honrosa a esse último, mas ele também, como os outros cinco, receberá um computador.

Interesse pelo espaço escolar

Uma das componentes do júri, a professora Matilde Matos se disse impressionada com a qualidade dos trabalhos. “O resultado me surpreendeu muito. Os trabalhos foram feitos com carinho e representam a ambientação em que cada um foi feito”, destacou.

“Esse movimento com as artes tem desencadeado uma reação de interesse pelo espaço escolar. Os estudantes não vêem mais a escola como um lugar chato”, comentou Sauer. Ele explicou que é preciso também incentivar outros estilos de expressão artística, incentivar a produção de contos, de literatura de cordel.