A nova cartografia baiana será uma poderosa ferramenta para o desenvolvimento econômico do estado. O projeto de atualização prevê com exatidão o planejamento territorial para execução de obras de infra-estrutura e principalmente no que diz respeito à gestão ambiental dos recursos hídricos e dos setores de petróleo e gás. A base cartográfica vigente na Bahia está defasada em 30 anos.

Nesta segunda-feira (26), a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), da Secretaria do Planejamento (Seplan), assinou contrato com a empresa Engemap – Engenharia de Mapeamento e Aerolevantamento Ltda., no valor de R$ 16 milhões, para a elaboração de produtos cartográficos (modelo digital de terreno, ortoimagens e curvas de nível).

O modelo digital de terreno, por exemplo, pode gerar mapas em diferentes escalas. Este produto é um instrumento de alta precisão que facilita a elaboração de projetos de infra-estrutura. “A ausência desses estudos pode ter atrasado a execução do projeto da Ferrovia Leste/Oeste e do Porto de Ilhéus”, afirmou a diretora de Informações Geoambientais da SEI, Rita Pimentel.

Esta é a segunda etapa do projeto. Em dezembro do ano passado, a SEI assinou um contrato de R$ 4 milhões com a empresa Geossistemas para a aquisição de imagens de satélite com alta resolução.

“Há uma demanda crescente de informações precisas e articuladas dos territórios que compõem o espaço geográfico baiano, de modo que se tenha um diagnóstico permanente de suas necessidades e potencialidades”, disse o diretor- geral da SEI, José Geraldo Reis.

O projeto de reformatação da cartografia baiana é uma iniciativa pioneira no país. A Bahia será o primeiro estado brasileiro a possuir uma base cartográfica atualizada, de alta resolução, com cobertura para todo o estado. “Estamos dando um passo significativo para o avanço econômico e estrutural da Bahia”, destacou o secretário do Planejamento, Ronald Lobato.