A produção industrial baiana fechou o ano de 2008 com um incremento de 2,3% em relação ao ano anterior. Na indústria de transformação, a taxa é de 2,4%. Com exceção de produtos químicos (-5,3%) e veículos automotores (-10,5%) que tiveram retração, todos os demais segmentos tiveram desempenho positivo na média do ano, destacando-se celulose, papel e produtos e papel (29,2%), alimentos e bebidas (4,0%), metalurgia básica (4,0%) e minerais não-metálicos (17,3%).

Já no mês de dezembro, produção da indústria baiana teve uma retração de 13,9%, em relação ao mês de 2007, acompanhando as quedas dos meses anteriores de 3,2%, em novembro, e 0,6%, em outubro, sempre na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Os números foram disponibilizados nesta quinta-feira (5), pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM/Ibge), e divulgada com análise da Coordenação de Acompanhamento Conjuntural da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).

No mês de dezembro, o conjunto do país apresentou recuo de 14,5% em sua produção industrial. Espírito Santo (-29,6%), Minas Gerais (-27,1%), Rio Grande do Sul (-15,5%) e São Paulo (-14,5%) tiveram as maiores retrações.

Na indústria de transformação, a retração na Bahia foi de 14,5% no período. A principal contribuição negativa veio dos produtos químicos (-41,1%), por conta da menor produção de etileno não-saturado e polietileno de baixa densidade. Este segmento representa cerca de 35% da estrutura industrial baiana.

Outros segmentos que influenciaram o desempenho desfavorável foram refino de petróleo e produção de álcool (-10,7%) e veículos automotores (-100%), devido à paralisação na produção de automóveis por conta da concessão de férias coletivas nas empresas. Borracha e plástico (-17,1%) e metalurgia básica (-1,1%) foram outros importantes ramos que também reduziram suas atividades.

Entre os segmentos que ampliaram a produção em dezembro, destacaram-se os alimentos e bebidas, com incremento de 16,5%, sendo influenciado pelo aumento na fabricação óleo de soja refinado e derivados de soja; celulose e produtos de papel (14,2%); e minerais não-metálicos (16,4%). Na indústria extrativa mineral, em queda pelo segundo mês consecutivo, a taxa foi de -3,3% no mês.

Na análise trimestral, o setor industrial baiano registrou decréscimo após seis trimestres consecutivos de crescimento, comparados com os mesmos períodos do ano anterior. No quarto trimestre de 2008, o setor caiu 5,5% ante acréscimo, no terceiro trimestre, de 6,1%. Entre os sete segmentos que contribuíram para este resultado, também se destacam produtos químicos (-21,8%) e veículos automotores (-42,6%).