As pistolas Taser M-26 não serão utilizadas em ocorrências corriqueiras, e sim em situações que representem risco para o envolvido e a população. Quando, por exemplo, o agressor se negar a entregar a arma ou fizer reféns. Foi o que garantiu o comandante geral da Polícia Militar, coronel Nilton Regis Mascarenhas, ao dar explicações sobre o uso do equipamento adquirido pela Secretaria da Segurança Pública especialmente para o Carnaval de Salvador.

Ao apresentar as ações da Polícia Militar para a festa, nesta segunda-feira (16), no Hotel Stella Maris Resort, o coronel afirmou que a população não verá a Taser sendo exibida nas ruas por soldados que estarão nas patrulhas.

As pistolas M-26 serão utilizadas apenas por policiais capacitados, convocados para atuar em casos que requerem esse tipo de recurso. No total, 200 pistolas fornecidas pelo governo federal serão usadas na festa. Elas foram criadas nos Estados Unidos, sendo seu uso autorizado em vários estados do país.

Portugal e Canadá também utilizam a arma não letal. No Brasil, 48 municípios usam o equipamento em suas abordagens policiais. A M-26 emite ondas elétricas capazes de paralisar o criminoso, interrompendo a comunicação do cérebro com o corpo. O objetivo da Taser é criar um tempo suficiente para que o policial possa algemar o criminoso, levá-lo preso ou solicitar apoio.

A munição da M-26 é acionada por nitrogênio, em vez da pólvora presente nas armas de fogo. Um fio mantém o projétil ligado à arma, permitindo que o policial controle os disparos que paralisam a pessoa atingida.

Mesmo depois do disparo, o policial pode acionar a arma toda vez que o preso tentar reagir. Sempre que apertar o gatilho, a pessoa contida recebe uma onda T, que interfere no impulso do organismo e paralisa os músculos da vítima. O tempo máximo de paralisação pode variar de 10 segundos até mais de 30 minutos, dependendo de quantas vezes o policial apertar o gatilho.

A distância para o disparo é 4,5 a 10 metros. A Taser M-26 possui Mira Laser, acessório importante que reduz ao máximo a possibilidade do policial não acertar o alvo.

Outras ações

Além das pistolas Taser M-26, a Polícia Militar contará com um aparato tecnológico de 41 câmeras fixas e 32 câmeras portáteis, que serão operadas em trios elétricos e camarotes nos circuitos Dodô e Osmar.

No circuito Batatinha (Centro Histórico) serão mais 14 câmeras. A segurança também será reforçada com um novo e moderno sistema de telecomunicações dispondo de 1.400 rádios de comunicação, sendo 400 com GPS, possibilitando a localização dos policiais no circuito, e 117 câmeras, sendo 66 com transmissão on line para a Central de Informações da Superintendência de Inteligência, que concentra as informações dos órgãos envolvidos no Carnaval, gerando relatórios e disponibilizando informações à população.

Serão instaladas 182 unidades policiais, entre postos de policiamento integrado das polícias, postos da MP e da Polícia Civil, postos de observação, centrais de flagrantes e outras.

Dicas de segurança

Para que os foliões não tenham surpresas desagradáveis durante o carnaval, a Polícia Militar dar algumas dicas para evitar que documentos e equipamentos, como câmera sejam furtados ou roubados.

A primeira é evitar portar cartões de crédito e talões de cheques nos circuitos. Leve apenas o dinheiro suficiente para a folia. No caso de documentos, prefira deixar os originais em casa, portando apenas as cópias autenticadas.

Evite bolsas, carteiras, máquinas fotográficas ou câmeras. Mantenha-se atento as pessoas desconhecidas ao seu redor. Caso esteja sendo seguido, dirija-se a um posto da Polícia Militar ou a uma patrulha e denuncie.

Em caso de roubo não reaja, nem tente fugir, responda apenas o que lhe perguntarem. Jamais encare diretamente os assaltantes e nem faça movimentos bruscos. Não deixe exposto no veículo objetos de valor, nem documentos importantes.