As obras da nova sede da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (Ufrb) em Cachoeira serão finalizadas na próxima semana. O secretário de Cultura do Estado (Secult), Márcio Meirelles, acompanhado do reitor da Ufrb, Paulo Nacif, vice-reitor, técnicos e professores da instituição de ensino fazem, neste sábado (8), a partir das 9h, a última vistoria nos imóveis do ‘Quarteirão Leite Alves’, que sediarão a universidade.

De acordo com Frederico Mendonça, diretor geral do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), órgão da Secult que licitou e gerencia as obras, nas últimas semanas foram realizados serviços de pintura, instalação de forros, pisos de alta resistência, componentes elétricos, lixamento e impermeabilização de assoalhos, instalação de divisórias e portas de vidros.

“O quarteirão que sediará a Ufrb é formado por um terreno de 3,9 mil metros quadrados com cerca de 7 mil metros quadrados de área construída situado próximo à ponte de ferro D. Pedro II, monumento tombado pelo Estado, através do IPAC, desde 2002”, explicou Mendonça.

Segundo o diretor do IPAC o projeto previu 23 salas de aula, quatro laboratórios, sala de vídeo, auditório com 254 lugares, foyer, camarins e biblioteca, além de área coberta de convivência, praça de alimentação, setores administrativos, sanitários e subestação de energia elétrica. “Existem, ainda, ambientes articulados por escadas, elevador, rampas e passarelas, com o espaço central do quarteirão descoberto”, disse Mendonça.

Foram investidos cerca de R$ 7,2 milhões nas obras da Ufrb, com recursos do Programa Monumenta do governo federal, via Iphan e Ministério da Cultura (MinC). O Monumenta restaura trechos urbanos, conciliando sustentabilidade de centros históricos, motivando usos econômicos, culturais e sociais. Editais públicos do programa destinam recursos para cursos de restauro e eventos culturais, estimula atividades e fortalece estruturas turísticas locais. O programa também financia a restauração de imóveis privados.

Cachoeira é a cidade brasileira que mais recebe recursos do Monumenta para restauração do patrimônio edificado, chegando a R$ 36 milhões investidos até o final do programa.

Fundos municipais

Para garantir sustentabilidade das obras do Monumenta, os municípios beneficiados em todo o Brasil estão criando os Fundos Municipais de Preservação para cada cidade. Os Fundos são administrados por um gestor – indicado pelo município – e por um conselho curador, que tem composição paritária dos setores público e privado, com representantes do Estado, Município, MinC, Iphan, empresariado, moradores, universidade e ONG ligadas à preservação do patrimônio histórico e à promoção da cultura.

Além da Ufrb, o IPAC/Secult restaura em Cachoeira, através do Monumenta, cerca de 80 imóveis públicos, privados e monumentos tombados pelo Iphan, como o Conjunto da Ordem do Carmo, a Igreja Matriz de N.S. do Rosário, as igrejas do Monte e Rosarinho, a capela da Ajuda, a casa natal de Ana Nery, os antigos Fórum e Arquivo Público Municipal, entre outras edificações. Cachoeira é a cidade brasileira que mais recebe recursos do Monumenta, totalizando mais de R$ 36 milhões até o término do programa.

“A proposta de recuperação do quarteirão visou requalificar um conjunto histórico-arquitetônico importante e do desenho urbano desse trecho da cidade, que se encontrava arruinado e subutilizado, com ocupações inadequadas para o porte monumental que tem”, ressaltou o diretor do IPAC. Além de Cachoeira, o IPAC trabalha com o Monumenta na cidade de Lençóis, na Chapada Diamantina. Em Salvador, o Monumenta é responsabilidade da Conder/Sedur na recuperação da 7ª etapa do Centro Histórico. Outras Informações sobre o Monumenta em Lençóis e Cachoeira, a cargo do IPAC, são obtidas através do Tel. 3322-1820, ou no site www.ipac.ba.gov.br.