Palestras e panfletagens (distribuição de material educativo) marcaram esta sexta-feira (26) em hospitais da rede estadual e unidades privadas que possuem Comissão Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT).

A atividade foi programada para assinalar o Dia Estadual do Doador de Órgãos, mobilizando e sensibilizando os profissionais de saúde para a doação e captação de órgãos.

Técnicos do Sistema Estadual de Transplantes visitaram unidades hospitalares, a fim de acompanhar os trabalhos realizados e dar orientações sobre o fluxo para doação e captação de órgãos. Os técnicos e profissionais de saúde envolvidos na mobilização usaram uma camiseta com o slogan “Doe vida, doe órgãos”.

No Hospital Geral Roberto Santos, as ações de divulgação e incentivo à doação de órgãos foram promovidas durante toda a semana e encerradas hoje, com distribuição de folhetos educativos sobre doação, captação e transplante de órgãos. Também nos hospitais Geral do Estado, Ernesto Simões Filho e São Rafael os profissionais de saúde que atuam nas CIHDOTTs aceitaram a sugestão da coordenação do Sistema Estadual de Transplantes e desenvolveram atividades alusivas à data, com a meta de envolver as equipes das unidades hospitalares no incentivo à doação e na captação de órgãos e tecidos.

Homenagem

O Dia Estadual do Doador de Órgãos foi instituído no ano passado, a partir de articulações entre a Sesab e a Arquidiocese de Salvador, com o objetivo de assinalar o gesto da família do aposentado José Sérgio Fontes, que autorizou a doação de seus órgãos, depois de constatada a morte cerebral. José Sérgio, que era diácono, foi agredido por um perito da Polícia Civil e morreu no dia 25 de junho de 2007, depois de uma semana internado no Hospital São Rafael.

Conforme dados da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO), foram registradas até a primeira quinzena de junho desse ano, na Bahia, 24 doações de múltiplos órgãos.

Para o médico Eraldo Moura, coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, o elevado índice de negativa familiar – mais de 50% das famílias de potenciais doadores não autorizam a doação – é uma das maiores dificuldades para a ampliação do número de transplantes no estado.