As vendas do comércio baiano cresceram 7% no mês de junho, em relação a igual período do ano passado. Na comparação com o mês anterior, maio, a variação foi de -1,2%, segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo IBGE e analisada em parceria pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).

No conjunto do país, o volume de vendas registrou crescimento de 5,6% frente a 2008 e de 1,7% na comparação com maio. Os resultados foram positivos em 24 das 27 unidades da federação. Apenas três estados apresentaram retração na comparação com junho de 2008: Espírito Santo (-2,5%), Tocantins (-2,2%) e Distrito Federal (-1,3%).

As maiores expansões nas vendas ocorreram no Piauí (19,4%), Sergipe (15,2%), Ceará (11%), Maranhão (8,2%) e Roraima (7,9%). As participações de São Paulo (7,2%), Rio de Janeiro (4,2%), Paraná (6,3%), Minas Gerais (3,7%) e Bahia (7%) são líderes na composição da taxa do Comércio Varejista.

Na Bahia, a taxa apurada em junho frente ao mesmo mês de 2008 foi uma das de maior expressividade no ano, ao lado da expansão de abril, também de 7%. Segundo avaliação do secretário do Planejamento, Walter Pinheiro, “o aumento do crédito para financiamento, o aumento do emprego formal e as medidas de desoneração fiscal para determinados segmentos do varejo contribuíram para impulsionar o consumo”.

Recuperação – Conjunturalmente, Pinheiro ressalta que os cenários positivos do comércio varejista, do comércio exterior, que registrou alta de 30,7% em julho, e da indústria, que vem crescendo mais de 7% ao mês, nos últimos meses, indicam a recuperação da economia baiana frente à crise econômica internacional. “E dão garantias de que encerraremos o ano com a franca retomada do crescimento e incremento dos investimentos do Estado”.

No primeiro semestre de 2009, em comparação com o mesmo período do ano passado, o comércio baiano acumulou crescimento de 4,6%. As principais contribuições positivas nesse período vieram dos ramos outros artigos de uso pessoal e doméstico, hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, livros, jornais, revistas e papelaria e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, setores cujas vendas são bastante influenciadas pela renda dos consumidores.

No mês, na comparação com 2008, dos oito ramos de atividade que compõem o indicador, cinco expandiram suas vendas. Os principais destaques foram os segmentos de outros artigos de uso pessoal e doméstico (27,8%), seguido de livros, jornais, revistas e papelaria (12%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (11%), enquanto que no subgrupo de hipermercados e supermercados a variação foi de 11,1%, móveis e eletrodomésticos 10,2% e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos foi de 6,7%.

Estabilidade

“O ramo de hipermercados vem apresentando este ano sucessivos resultados positivos, conseqüência da melhoria do poder de compra da população e da estabilidade dos preços dos alimentos”, explica do diretor-geral da SEI, Geraldo Reis. “Outro resultado muito importante, que vale ser destacado, foi o do ramo de veículos e seus componentes, que registrou o maior crescimento do ano, com quase 25%”, diz o diretor.

O maior peso para a taxa positiva foi do grupo de hipermercados, supermercados, produtos, alimentícios, bebidas e fumo. Nesse mês, o ramo apresentou uma das maiores taxas do ano, alcançando os 11%, ficando abaixo somente do que a do mês de abril. Esse grupo é o de maior peso na composição do indicador, respondendo por mais de 40% da formação da taxa geral.

Nos ramos que não integram o indicador do varejo, mas são pesquisados – veículos, motocicletas, partes e peças – as vendas aumentaram 24,9%, enquanto as de material de construção permaneceram registrando queda de 5,7%. As contribuições negativas para o indicador vieram de equipamentos e materiais para escritório informática e comunicação, -43,4%, tecidos, vestuário e calçados, -3,2%, e Combustíveis e lubrificantes, -0,7%.