Durante sete dias, Salvador será a capital nacional do Teatro. Realizado pela Cooperativa Baiana de Teatro (CBT), com o apoio da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), por meio do Fundo de Cultura, a 2ª edição do Festival Nacional de Teatro da Bahia começa nesta segunda-feira (15) e segue até o dia 21 de março, trazendo 23 espetáculos em sua programação. Sem caráter competitivo, o evento traça um painel diversificado em temas e linguagens do teatro contemporâneo brasileiro, além da promoção de ciclos de debates e oficinas de teatro.

A abertura oficial do festival será realizada às 21h de hoje (15), na sala principal do Teatro Vila Velha, com apresentação do espetáculo Donos da Terra, direção de João Gonzaga. O espetáculo é fruto da criação coletiva de 47 crianças do Projeto de Iniciação Musical (PIM), braço artístico da Escola Comunitária São Miguel, de Fazenda Coutos 3. O mote do espetáculo é a cultura nordestina por meio dos poemas de Castro Alves, João Cabral de Melo Neto, Manoel Bandeira, além das próprias criações das crianças.

Dos 23 espetáculos, 13 são apresentados por grupos baianos e os outros 10 espetáculos são de grupos de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Paraíba e Goiás. As apresentações serão realizadas em espaços como Sala do Coro do TCA, Teatro Vila Velha, Aliança Francesa, Centro Cultural da Plataforma, Sesc-Senac Pelourinho, Sesi, Xisto Bahia e em um local especial criado no Hospital das Clínicas, que teve uma de suas enfermarias transformadas em uma sala de teatro.

CBT
Fundada em 2004 por iniciativa de artistas locais, a Cooperativa Baiana de Teatro tem como principal objetivo dignificar o trabalho do ator e dos profissionais da área, tornando o teatro mais acessível à população. Em cinco anos de existência, a CBT realizou importantes projetos como o Lá vem a Cooperativa, Viva o Teatro, Ciclo de Oficinas, Jornada de Teatro, Seminário de Negócios e o Festival de Teatro da Bahia.

Nesta segunda edição, o Festival Nacional avaliou 145 projetos para selecionar 10 espetáculos nacionais. Entre eles estão Balada de um palhaço, de Goiás, Circo dos objetos, De um lugar para o outro, Solas de vento, Mão na luva, Uma noite em claro e Males do tabaco, de São Paulo, Sobre mentiras e segredos, do Rio de Janeiro, Nada, nenhum e ninguém, da Paraíba, e As aventuras de uma viúva, do Paraná. Balada de um palhaço, Dia de circo, Mulher Popular Brasileira, Palharia, Palhaço, Palhaçaria, entre outros, são os representantes da Bahia.

Fundo de Cultura investe R$ 6,9 milhões em artes cênicas
Por meio do Fundo de Cultura, o Governo da Bahia investiu cerca de R$ 6,9 milhões nas artes cênicas, apoiando projetos de montagem, manutenção de grupos e festivais, selecionados via demanda espontânea ou seleções públicas. Só para as seleções, foram R$ 2,8 milhões de apoio a 26 montagens. Em três anos de gestão, o Fazcultura incentivou 40 projetos das artes cênicas com R$ 4,4 milhões. Receberam este apoio espetáculos como O Indignado, de Frank Menezes, Siricotico, última montagem da Cia. Baiana de Patifaria, e Os Cafajestes.