Uma cidade em constante transformação. Assim vive Salvador, a primeira capital do Brasil, que, no próximo dia 29, completa 461 anos de fundação. Para comemorar esta data e mostrar a evolução da capital ao longo dos tempos, a Biblioteca Juracy Magalhães Jr., no Rio Vermelho, promove na quarta-feira (24), às 14h, uma palestra com o tema Evolução Urbana de Salvador – Caminhos e Descaminhos, com a historiadora Eneida Cavalcanti.

Os frequentadores da Biblioteca também poderão conferir, até o dia 31 deste mês, das 8 às 17h, uma mostra sobre os 461 anos da cidade, composta por livros, fotografias e recortes de jornal, que fazem parte do acervo da própria biblioteca. Toda a programação é gratuita.

Professora pós-graduada em História, Eneida Cavalcante adianta que pretende realizar uma palestra-debate, para que possa ter interação com o público, abordando a cidade de Salvador e principalmente sobre o bairro do Rio Vermelho, onde fica a biblioteca. “É preciso examinar e discutir sobre o tema. Como esse desenvolvimento se deu e como a educação foi inserida neste desenvolvimento e a atual questão estrutural e organizacional da cidade. Levarei um mapa de Salvador para auxiliar e facilitar o entendimento”.

História

Oficialmente, Salvador inicia sua história a partir da chegada de Tomé de Souza, que aconteceu no dia 29 de março de 1949, quase 50 anos depois que Pedro Álvares Cabral avistou as terras brasileiras. Designado pelo rei de Portugal, D. João III, para fundar uma cidade-fortaleza, chamada São Salvador, Tomé de Souza ancorou na enseada, onde hoje se localiza o Porto da Barra. Com o primeiro governador-geral vieram mais de mil pessoas.

Salvador permaneceu na condição de Capital da América Portuguesa até 1763, quando a sede do Vice-Reino foi transferida para a cidade do Rio de Janeiro. Apesar de perder o título de capital do Brasil, Salvador manteve sua importância política e econômica. Em 1808, recebeu a família real portuguesa. Na cidade, o príncipe regente D. João VI assinou o Decreto de Abertura dos Portos as Nações Amigas e fundou a Escola Médica-Cirúrgica da Bahia, no Terreiro de Jesus, no Pelourinho, que viria a ser a primeira Faculdade de Medicina do Brasil.