Após mais de 40 anos da implantação do primeiro distrito industrial – o Centro Industrial de Aratu (CIA) – a Bahia continua sendo um dos estados preferidos pelo empresáriado brasileiro para a instalação de novos empreendimentos industriais e de serviços. Somente nos primeiros 80 dias deste ano, a Superintendência de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Sudic), autarquia ligada à Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração (Sicm), recebeu mais de 30 pedidos de áreas para novos investimentos. Isso significa uma gama de investimentos de mais de R$ 3 bilhões e geração de quase 10 mil novos empregos diretos.

Entre os empreendimentos estão empresas do setor de transportes, embalagens plásticas, calçados, acessórios industriais, reciclagem, confecções, entre outras atividades empresariais. Embora a maioria dessas solicitações tenha Simões Filho, Candeias e Camaçari como os locais preferidos, vários pedidos têm como localização os distritos industriais que o Governo da Bahia, por meio da Sudic, mantém no interior do Estado, como o distrito dos municípios de Eunápolis e Vitória da Conquista, que receberam solicitação para a implantação de três novas unidades produtivas cada um.

A Bahia tem tido grande destaque no que se refere à geração de empregos e obteve crescimento recorde neste ano, ao todo foram criados 20.512 postos de trabalho formal entre janeiro e fevereiro, sendo considerada a melhor atuação da região Nordeste em relação a outros estados. Se comparado com os 26 estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal, a Bahia teve o nono saldo mais expressivo de empregos criados do país no mês de fevereiro de 2010, sendo considerado o estado com maior saldo de empregos do Nordeste.

Segmentos
O saldo positivo no aumento de empregos gerados na Bahia tem como responsáveis a Construção Civil, com a criação de 2.766 postos, Indústria de Transformação, onde foram registrados 1.505 novos postos, o Comércio, com 1.324, e Serviços, com mais 1.198 vagas preenchidas, conforme dados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego.

O presidente da Sudic, Nilton Cardoso da Cruz, salientou que uma das metas do governo é adquirir novas áreas para atender às demandas das empresas que pretendem se ingressar no estado. “A atração de novos investimentos para a Bahia é de extrema importância para o desenvolvimento socioeconômico do estado, principalmente para a geração de empregos, e é por isso que aumentar a quantidade de áreas para instalar as indústrias é uma das políticas de Estado dessa administração”, declara.

Uma outra questão que está em estudo pela Sudic é encontrar meios legais para dar nova utilização às áreas onde já funcionaram unidades industriais e hoje estão praticamente abandonadas e hipotecadas aos bancos oficiais e particulares com um passivo que torna impraticável qualquer negociação sem a interferência do governo federal.

Outro setor que merece uma especial atenção da Sudic, segundo Cruz, é a logística. Desde o ano passado, várias áreas já foram selecionadas para a instalação do que se já denomina de Polo de Logística. “Nossa intenção é que todas as empresas de logística fiquem próximas para evitar que a grande circulação de veículos pesados que esse setor promove comprometa todas as vias de tráfego”, acrescentou o presidente.