A taxa da produção industrial baiana teve crescimento de 15,9%, no acumulado de janeiro a abril deste ano – num ritmo mais intenso que o registrado no último quadrimestre de 2009 (5%). Frente a abril do ano passado, cresceu 24% no indicador mensal, sétima taxa positiva consecutiva e a mais elevada desde novembro de 2004 (30%).

No índice acumulado nos últimos 12 meses, comparado com igual período anterior, a taxa da produção industrial baiana acumulou acréscimo de 4,1. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Houve um recuo de 0,3% em abril, em relação ao mês anterior, após ter recuado 2,2% em fevereiro e crescido 0,9% em março. Na Bahia, os dados são analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria Estadual do Planejamento (Seplan).

Desempenho

Contribuíram para o crescimento, os segmentos de produtos químicos (11,3%), refino de petróleo e produção de álcool (2,5%) e minerais não-metálicos (10,8%). A borracha e plástico (-5,2%) e celulose e papel (-0,7%) foram os que influenciaram negativamente para o resultado.

A retração da taxa da produção industrial do estado, verificada em abril, na comparação com o mês anterior, foi decorrente do recuo em seis segmentos pesquisados. A queda nos níveis de atividade foram registrados na Indústria Extrativa Mineral (-3,2%), Indústria de transformação (-1,3%), Alimentos e bebidas (-7,1%), Celulose, papel e produtos de papel (-7,9%), Minerais não-metálicos (-0,6%) e Metalurgia básica (-2,1%). Taxas positivas foram registradas nos segmentos de Veículos automotores (2,4%); Refino de petróleo e álcool (0,5%); Produtos químicos (2,3%) e Borracha e plástico (1,6%).

Parte do desempenho verificado em abril se deve à base de comparação deprimida, por conta da crise, tendo em vista que a produção industrial do Estado caiu 20,4% no mesmo mês, em 2009.

Oito segmentos pesquisados registraram variações positivas na comparação de abril com o igual período de 2009, contribuindo para o resultado significativo do período, destacando-se refino de petróleo (212,3%). A coordenadora de conjuntura da SEI, Carla do Nascimento, observa que o desempenho do segmento de petróleo é explicado, em grande parte, pela baixa base de comparação, pois, em abril do ano passado, houve redução na demanda por petróleo, provocada pela crise, além de paralisação parcial na Refinaria Landulpho Alves (RLAM).

Porém, a demanda do mercado se recuperou de forma expressiva este ano, o que beneficiou o segmento. Outros segmentos que se destacaram no comparativo de abril deste ano, em relação ao igual período do ano passado, foram alimentos e bebidas (8,6%) e veículos automotores (48,8%). A única contribuição negativa veio de produtos químicos (-2,2%).

As contribuições positivas para o acréscimo de 4,1% na taxa de produção, no índice acumulado nos últimos 12 meses vieram dos segmentos de produtos químicos (11,3%), refino de petróleo e produção de álcool (2,5%) e minerais não-metálicos (10,8%). A borracha e plástico (-5,2%) e celulose e papel (-0,7%) foram os que influenciaram negativamente para o resultado.

Na avaliação do coordenador de Acompanhamento Conjuntural da SEI, Luiz Mário Vieira, os resultados da indústria estão em linha com o dinamismo atualmente verificado na economia baiana, que registra expansão do ritmo de atividades em uma série de setores, o que repercute positivamente no comércio, exportações e na geração de emprego e renda.