O comércio varejista baiano registrou, em abril, expansão de 9,2% no volume de vendas em relação a igual período do ano passado. Na comparação com o mês imediatamente anterior, a variação foi negativa (1,6%). Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada em âmbito nacional pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e analisada, no Estado, pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).

De acordo com Maria de Lourdes Caires, da Coordenação de Pesquisas Sistemáticas e Especiais da SEI (COPESE/SEI), o desempenho do setor em abril se deu em relação a um período no qual o varejo do Estado apresentou crescimento significativo (7,0%, em abril de 2009), quando a economia começou a sinalizar retomada do nível de atividade e os efeitos de um cenário econômico mais favorável foram notados no comércio varejista.

“Desde abril do ano passado, um conjunto de fatores vem concorrendo para o comércio baiano apresentar resultados favoráveis. Dentre eles se destacam-se a expansão do crédito para financiamentos, o alongamento dos prazos de parcelamento, a melhoria da renda dos consumidores, essencialmente daqueles de menor poder aquisitivo e, principalmente, o aumento do emprego formal no Estado”, considera Maria de Lourdes. Além desses fatores, neste ano, a realização da Copa do Mundo tem contribuído para expandir as vendas de determinados segmentos do varejo.

Principais destaques
Os dados da PMC, em abril de 2010, comparados com os de igual mês de 2009, revelaram ainda que, à exceção do segmento de Livros, jornais, revistas e papelaria, que apresentou variação negativa (6,0%), os demais registraram variações positivas.

Os principais destaques nas vendas foram os segmentos de Móveis e eletrodomésticos (27,9%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (15,3%), Tecidos, vestuário e calçados (13,2%), Combustíveis e lubrificantes (9,1%), Equipamentos e materiais para escritório informática e comunicação (7,5%). Em seguida vieram Outros Artigos de uso pessoal e doméstico (6,3%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,8%) e no subgrupo de Hipermercados e supermercados a variação foi de 2,1%.

Os dois segmentos que não contribuem para a formação da taxa geral do varejo, mas são acompanhados pela PMC, os resultados de abril, ante igual período do ano anterior, foram Veículos, motocicletas, partes e peças (10,6%) e Material de Construção (24,8%).

Os resultados apurados de janeiro a abril de 2010 levaram o comércio baiano a acumular expansão de 13,4% nesse período, enquanto a taxa acumulada no primeiro quadrimestre de 2009 situou-se em 3,6%. No acumulado dos últimos 12 meses (maio de 2009 a abril de 2010), o aumento foi de 10,0%.

De janeiro a março de 2010, as principais contribuições positivas na formação do indicador do comércio vieram do ramo de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo. No primeiro trimestre, esse segmento apresentou significativo crescimento, de 13,5%.

A taxa registrada em abril (1,8%) foi muito inferior às apuradas nos três últimos meses, o que impediu crescimento mais significativo do comércio baiano. Isso se explica por se tratar do ramo de atividade de maior peso do comércio. Por isso, o seu desempenho se reflete, sobremaneira, na formação da taxa que mede o comportamento do setor.