O encontro mensal para acompanhamento da implementação do Plano de Reabilitação Participativo do Centro Antigo de Salvador (CAS) está marcado para o próximo dia 2 de setembro, às 9h, no Palácio Rio Branco. A reunião contará com a participação de representantes da União, Estado, Município e da Sociedade Civil.

Na pauta do dia estão as estratégias para a implantação das propostas e ações inseridas no Plano. Na oportunidade, o presidente da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp-RJ), Jorge Luiz de Souza Arraes, fará uma apresentação sobre o projeto, “Porto Maravilha”, que está em execução na zona portuária da capital fluminense.

A recuperação de áreas urbanas centrais das cidades tem sido objeto de estudo em vários lugares do Brasil e do mundo. No Rio de Janeiro, o Porto Maravilha vem sendo implantado com grande sucesso, recuperando a zona portuária da ‘Cidade Maravilhosa’. A ação teve início no começo do ano e prevê um investimento de R$ 350 milhões na primeira fase. Este montante será utilizado, principalmente, em obras de reformulação urbanística. A principal meta do projeto é transformar a zona portuária do Rio em um pólo turístico e de investimento para empresários de vários setores.

Além disso, o entorno do porto passará por uma série de melhorias, como investimentos em iluminação pública, recuperação de patrimônios culturais, pavimentação, calçamento, drenagem e plantio de árvores. O término das obras e a total implementação das instalações e complexos que integram o projeto estão previstos para o ano de 2015.

Sustentabilidade 
Para a coordenadora geral do Escritório de Referência do Centro Antigo de Salvador, Beatriz Lima, trazer a experiência do Rio de Janeiro pode ajudar Salvador nas próximas fases de implementação do Plano baiano. Para ela, conhecer a experiência carioca é uma oportunidade para se fazer um paralelo com o Plano do CAS, considerando os contextos e realidades em que se inserem cada um dos projetos.

“Contamos com a participação da sociedade civil que atua desde o processo de criação do Plano. Se na fase de planejamento essa participação proporcionou credibilidade, no estágio de implantação, certamente, trará sustentabilidade”, acrescentou Beatriz.

O Plano, resultado de uma parceria entre as três esferas governamentais – União, Estado e Município -, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e a Sociedade Civil, foi entregue oficialmente à população, no dia 10 de junho deste ano.

O principal objetivo do documento é preservar e valorizar o patrimônio cultural, impulsionar as atividades econômicas e culturais da região, além de propiciar condições de sustentabilidade para o Centro Antigo de Salvador (CAS) nas dimensões econômica, social, urbanística e ambiental.