Como atender adolescentes vítimas de violência? Como lidar com jovens envolvidos em infrações? Para responder estas e outras questões, a Polícia Civil da Bahia, por meio da Academia da Polícia Civil, (Acadepol), está promovendo, em parceria com o Ministério Público da Bahia, o Curso de Atendimento ao Jovem Cidadão.

Este é o primeiro curso do gênero voltado para servidores das diversas instituições do estado que lidam com grupos vulneráveis. Com duração de 80 horas, o curso reúne profissionais da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac) e do Ministério Público.

Duas turmas, com 70 alunos cada, já foram formadas. As aulas serão ministradas até 29 de setembro e acontecem nas delegacias para o Adolescente Infrator (DAI) e Especial de Repressão aos Crimes contra a Criança e o Adolescente (Dercca), em Pitangueiras de Brotas.

A diretora da Acadepol, delegada Célia Maria Miranda Costa, explica que o curso foi criado com o objetivo de capacitar os profissionais que atuam com grupos vulneráveis, tendo como ênfase o jovem cidadão. “Além de melhorar o atendimento a esse público, queremos, com isso, fortalecer a rede de interação e as diversas instituições que cuidam do segmento, tornando mais dinâmico o trabalho em conjunto”, esclarece.

Tendo como professores, promotores públicos, delegados da Polícia Civil, oficiais da PM e profissionais das áreas de Relações Humanas e Comunicação, o curso também funciona como espaço para que os alunos discutam competências técnicas para desenvolver ações mais qualificadas no atendimento aos adolescentes envolvidos em infrações ou vítimas de violência. Tudo isso com foco na prevenção e proteção à criança e ao adolescente.

Coordenadora do curso, em parceria com a promotora de Justiça Eugênia Abreu, a delegada Célia Maria Miranda Costa, salienta que está sendo possível, ao reunir servidores de uma área tão complexa, abordar diversos problemas e traçar novos padrões de procedimentos para melhorar o fluxo de trabalho. “O resultado desses debates em sala de aula tem sido muito rico e vai gerar um documento, com propostas de ações a serem adotadas pelos órgãos que lidam com o atendimento à criança e ao adolescente”, garante.